Nasceu em
Papari-RN, em 24.12.1867, filho de Antônio José de Melo e Souzae d. Maria
Emília Seabra de Melo e Souza. Cursou Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade
de Direito do Recife, formando-se em 1889. Advogado, jornalista, escritor,
político. Sua atividade profissional, no campo jurídico, se alterna com as
sucessivas investiduras na área política, a saber: foi Promotor de Justiça na
Comarca de Goianinha (1890-1892); Deputado Estadual (1892-1894); Diretor da Instrução
Pública (1892-1895); Procurador da República (1895-1899); Secretário de Governo
(1899); Procurador Geral, “com assento no Superior Tribunal de Justiça” (1900);
Governador, a 23.02.1907, substituindo a Tavares de Lira (V. “LIRA, Augusto
Tavares de”, na p. 135) que se afastara do cargo para assumir as funções de
Ministro da Justiça e Negócios Interiores (gestão Afonso Pena); Senador da República
(1908), desta vez substituindo a Pedro Velho, que havia falecido; Senador
novamente na 9ª legislatura (1915-1917), cujo sufrágio majoritário garantiu-lhe
9 anos de mandato o qual, no entanto, renunciaria
em fins de 1919, para assumir o cargo de Governador do Estado (1920-1924);
Consultor Geral do Estado (1924) e, enfim, Secretário Geral do Estado (1934-1935).
Segundo consta, terá desenvolvido excelente administração: No governo, como no
exercício de outros cargos públicos (...), o dr. Antônio de Souza manteve
sempre uma invariável linha de conduta moral e revelou aptidão, critério e
honestidade(Antônio Soares de Araújo, Dicionário Histórico e Geográfico do Rio
Grande do Norte, p. 31). Com efeito, como Governador implantou escolas,
revitalizou o sistema financeiro, implementou ações conseqüentes na área
sanitária, construiu estradas e procedeu a iniciativas destinadas a atenuar os
efeitos da estiagem que assolava o Rio Grande do Norte. Elevou à categoria de
Vila as povoações de Parelhas (lei nº 478, de 26.11.1920) e Barriguda, que
passou a denominar-se Alexandria (lei nº 572, de 03.12.1923). Como jornalista,
colaborou com “A República”, onde também foi redator; escreveu crônicas e peças
literárias, adotando o pseudônimo “Polycarpo Feitosa”, e publicou romances de
costumes, dentre os quais Gizinhae Flor do Sertão, além de estudos na área
política. Foi sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande
do Norte e do Grêmio Polimático. Faleceu em Recife, a 5 de julho de 1955
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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